Peregrinos de Esperança

O ano Santo ordinário convocado pelo Papa Francisco em 09/05/2024, teve lugar com a promulgação da Bula “Spes non confundi” “a esperança não decepciona” (Rm 5, 5) onde o todo o
povo de Deus é chamado a ser Peregrinos de Esperança. Na noite da vigília do Natal deste ano o Papa abrirá a porta Santa em Roma, recordando que Cristo é porta da Salvação. Nas dioceses
não haverá abertura de porta santa, mas os bispos diocesanos, em suas catedrais são chamados a reunir os fies para abertura solene.

Onde vamos celebrar?

Em nossa arquidiocese de São Paulo, será dia 29/12/2024, às 15h, em nossa catedral metropolitana, juntamente com o clero e todo o povo de Deus. Teremos 12 igrejas jubilares que serão locais de peregrinação onde os fiéis buscarão catequese apropriada a este tempo de graças especiais e o sacramento da reconciliação. Conforme a carta de Dom Odilo Pedro Scherer, de 23/09/2024, “As igrejas de peregrinação na arquidiocese de São Paulo serão as seguintes: Região Sé: Catedral metropolitana e Santuário N. Senhora de Fátima (Sumaré); Região Belém: ,Igreja paroquial de São José (Belém) e Igreja paroquial de N. Senhora de Fátima e São Roque (Sapopemba); Região Lapa: Igreja paroquial N. Senhora da Lapa e Igreja paroquial de N. Senhora de Fátima (Vila Leopoldina); Região Brasilândia: Igreja paroquial de N. Senhora da Expectação (Freguesia do Ó) e Santuário de N. Senhora Mãe e Rainha de Schõnstatt Jaraguá); Região Ipiranga: Santuário de N. Senhora Aparecida (Ipiranga) e Santuário S. Judas Tadeu (Jabaquara).

Raiz bíblica

O ano santo, de raiz bíblica, convocado a cada 25 anos serve para alimentar a fé dos fieis católicos e faze-los perceber a importância da conversão e misericórdia, seja conosco ou com os outros.

Mensagem do Papa

Diante das tristes realidades da atualidade, o papa nos faz um convite: “Peregrinos de Esperança” convidados a peregrinar, e sair do comodismo e do desânimo, frutos do egoísmo do tempo presente e buscar as razões de nossa esperança que estão em nosso Salvador Jesus Cristo. Recorda o Papa que a esperança “nasce do amor e funde-se no amor que brota do Coração de Jesus trespassado na Cruz. A presença do Espírito Santo irradia a vida dos féis a luz da esperança que não desilude e nem deixa apagar a chama da vida.
O apostolo Paulo é realista, quando afirma que a vida é feita de alegrias e tristezas, mas enaltece a sempre gloriarmos diante das tribulações: “pois a virtude comprovada desabrocha na esperança” (cf Rm 5, 3-4).

Um caminho espiritual catequético e pedagógico foi realizado nestes anos todos ao recordarmos o ano santo extraordinário em 13.03.2015 com o “Ano da Misericórdia” onde fomos convidados
a reconhecer o rosto da misericórdia de Deus (MV 1-3), e em 2033 celebraremos os dois mil anos da redenção, realizada por meio da paixão, morte e ressureição do Senhor.
No coração do Papa a força da sua palavra profética elenca inúmeras situações que precisam da misericórdia dos homens, especialmente daqueles que tem a responsabilidade de zelar pelo bem comum. A esperança passa pela paz, banido da face da terra as situações de guerra. O coração dos casais e sua abertura e defesa a vida. No encontro daqueles que estão privados de sua liberdade.
Na presença confortadora frente aos doentes e aos idosos. Em não esquecer de semear a esperança no coração dos jovens, fazendo-os perceber a alegria de viver na esperança! A preocupação os exilados e os migrantes. Recorda o bispo de Roma os “milhares de milhões de pobres, aquém muitas vezes falta o necessário para viver”
O ano Santo nos permitirá aproximarmos da doutrina da Igreja. Recordaremos os Concílio de Niceia que foi um grande marco de toda a fé cristã. Recordar as virtudes teologias, a fé a esperança e a caridade. A reflexão sobre a morte permitirá que, todos nós, peregrinos de esperança confirmemos nossa fé na ressureição da carne e ao mesmo tempo, analisemos eticamente a nossa vida na
busca sincera da vivencia dos valores do Reino de Deus.

Celebrar o sacramento da Penitência

Certamente o centro de nossa peregrinação será a participação consciente e ativa ao “Sacramento da Penitência”, e o desejo de cumpri as disposições para receber as indulgencias anexas a pratica. Recorda o Papa: “a reconciliação sacramental não é apenas uma estupenda oportunidade espiritual, mas representa um passo decisivo, essencial e indispensável no aminho de fé de cada um” (cf 23).
Especial carinho seja dado a memória das pessoas já falecidas: “Todavia, o pecado como sabemos por experiência pessoal, deixa sua marca, traz consigo consequências não só exteriores como
consequências do mal cometido, mas também interiores, pois todo pecado, mesmo venial, tem uma consequência prejudicial as criaturas, a qual exige purificação, quer aqui na terra, quer depois
da morte, no estado chamado ‘purgatório’ (CIgC 1472)” Portanto, somos chamados a rezar pelos falecidos.
Recorda, com carinho paternal, que em 2031 toda a Igreja celebrará os 500 anos da primeira aparição da Virgem Maria ao jovem Juan Diego na qual recorda: “Porventura não estou aqui eu, que sou tua mãe? Por fim, o Papa convida a todos a peregrinar “que neste ano jubilar, os santuários sejam lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança”
Certamente será um ano para reviver a fé, na busca do caminho de santidade e no sentido da pratica cristã na comunidade cristã.